O que e NAT?
Se você está lendo este condeúdo, você com certeza
está conectado na Internet e
há uma grande chance de que esteja
usando NAT (Network Address Translation – Tradução
de Endereços de Rede).
A Internet cresceu muito nos últimos anos de forma que os
endereços IPv4 se tornaram escassos, o IANA responsável pela coordenação
global dos endereços da Internet já não possui mais endereços IPv4 para
alocação, restando somente os estoques dos RIRs (Regional Internet Registry).
Com a
finalidade de reduzir a distribuição de endereços IPs públicos, foram
desenvolvidas diversas soluções e o NAT é uma delas. Dispositivos configurados
com NAT geralmente operam na borda de uma rede stub (rede que tem uma única
conexão para a rede externa).
O NAT é um
mecanismo que visa economizar endereços IP públicos e simplificar as tarefas de
gerenciamento do endereçamento IP. Quando um pacote é roteado através de um
dispositivo de rede, geralmente um firewall ou um roteador de borda, o endereço
IP interno (privado) é traduzido para um endereço IP externo (público). Isso
permite que o pacote seja transportado por redes públicas como a Internet. Em
seguida, o endereço IP externo de resposta é retraduzido para o endereço IP
interno que originou o pacote, para ser entregue dentro da rede interna.
Os endereços
IPs internos e externos citados acima são definidos por algumas nomenclaturas,
vou utilizar aqui a mesma nomenclatura utilizada pela Cisco:
·
Endereço local interno: Endereço
IP atribuído a um host da rede interna. Definido pelo administrador da rede
local e provavelmente um dos endereços privados especificados na RFC 1918.
·
Endereço global interno: Endereço IP
público atribuído pelo provedor de serviço. Este endereço pode representar um
ou mais endereços IP locais internos para o mundo exterior.
·
Endereço local externo: Endereço
IP de um host externo, tal como é conhecido pelos hosts da rede interna.
·
Endereço global externo: Endereço
IP atribuído a um host da rede externa. O proprietário do host atribui esse
endereço.
Observando a
figura abaixo podemos perceber alguns destes endereços: locais internos, global
interno e global externo. Analise a imagem e tente entender o fluxo dos dados
observando os endereços IPs de origem e destino
Analisando o
fluxo de dados da figura acima, podemos perceber que o pacote no momento
"1" sai da estação de trabalho “A” com o endereço local
interno “192.168.1.1” e em seguida no momento "2" é traduzido
para o endereço IP global interno “180.0.8.2”, isto permite que o pacote que
saiu da estação de trabalho “A” seja roteado através de uma rede pública
chegando ao seu destino, o servidor WEB com o endereço IP global externo
“201.0.58.10”. Quando o pacote retorna do servidor WEB, o mesmo terá um
endereço IP de destino “180.0.8.2”, que será retraduzido pelo roteador para a
rede interna com o endereço IP local interno “192.168.1.1”. O NAT permitiu
que o pacote que foi originado na rede interna retornasse corretamente,
pois o endereço de origem “180.0.8.2” atribuido pelo processo de NAT no
momento "3" é conhecido na rede pública, possibilitando o seu
retorno.
Nesta
introdução comentamos somente sobre o NAT Tradicional, no próximo artigo
pretendemos abordar os tipos de NAT como: Basic NAT, NAPT, Bi-Directional NAT e
oTwice NAT.
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