LCD se mantém firme na guerra de pixels contra tecnologia OLED!
terça-feira, 11 de dezembro de 2012 10:26 BRST
SEUL, 11 Dez (Reuters) - Tudo
indicava que o LCD fosse morrer aos poucos e dar lugar ao OLED, tecnologia que
garante telas mais leves, finas e resistentes em toda sorte de aparelhos, de
smartphone a televisão.
Mas o LCD não só está
resistindo firme como está com uma imagem cada vez melhor. Ao mesmo tempo, os
principais fabricantes de OLED, de espessura semelhante à de um cartão de
crédito, vêm tendo dificuldades para baratear a tecnologia e produzi-la em
massa.
Samsung Electronics e LG
Electronics, líderes no segmento OLED, este ano apresentaram televisores OLED
com telas de 55 polegadas, mas o preço de 10 mil dólares --10 vezes superior ao
do LCD-- impede os aparelhos de se.
As telas OLED, usadas
nos smartphones Galaxy S e Note, apareceram como sucessoras do LCD em todo os
tipos de produtos eletrônicos. Além de consumirem menos energia e terem imagens
de maior contraste que as de LCD, tornam os celulares do futuro praticante
inquebráveis, porque são finas e maleáveis como um papel.
No entanto, fabricantes
de OLED --como a Samsung Display e a LG Display-- ainda não resolveram os
principais desafios tecnológicos para reduzir de custos e assim concorrer
melhor contra o LCD.
A tecnologia LCD,
presente em 90 por cento dos televisores, continua a evoluir e não mostra sinal
de que deixará a briga pelo posto de padrão mundial. Isso acontece menos de uma
década após praticamente ter liquidado as telas de plasma.
"O OLED ainda tem
um longo caminho à frente para se popularizar, já que precisa ficar maior e
melhorar a imagem", opiniou Chung Won-seok, analista da HI Investment
& Securities. "O uso de OLED continuará limitado às telas de pequeno
porte por mais três anos, pelo menos. A presença em televisores de preço
acessível só será possível de 2014 em diante, mas mesmo assim haverá o risco de
acirrada concorrência com LCD, tecnologia que continua a melhorar",
acrescentou.
A consultoria
DisplaySearch prevê que serão precisos mais quatro anos para que o OLED tenha
10 por cento do mercado mundial de telas.
GUERRA DE PIXELS
As telas LCD agora
oferecem maior qualidade de imagem --até quatro vezes superior à das telas
OLED-- e consumo mais baixo de energia, o que gera grande demanda de parte dos
fabricantes de smartphones e tablets.
A Apple mudou os padrões
do mercado ao adotar telas de resolução mais alta no iPhone e iPad, que
continuam a ser a referência de LCD no mercado e obrigaram os concorrentes a
melhorar as respectivas telas.
Analistas da Macquarie
preveem que a Apple adotará telas de alta resolução no MacBook Air e no iMac no
ano que vem, acelerando a adoção de telas superiores no setor.
"É só questão de
tempo até que fabricantes de notebooks de primeira linha, como a Sony, Toshiba
e Samsung, adotem telas de alta resolução para concorrer com o MacBook",
escreveu Henry Kim, analista da Macquarie, em recente nota a clientes.
Os concorrentes estão
atentos: a HTC lançou o smartphone Droid DNA com uma tela de 440 ppi, a mais
nítida de um produto desse tipo, bem superior aos 330 ppi do iPad e aos 326 ppi
do iPhone 5. O Samsung Galaxy S III tem tela OLED com resolução de 306 ppi.
"A guerra dos
pixels é excelente para os fabricantes de LCD", disse Kim Byung-ki,
analista da Kiwon Securities. "Fabricantes como a LG Display, Samsung,
Sharp, AU Optronics e Chimei (Innolux) vão todos se voltar para produtos de
maior qualidade, e isso restringirá a oferta e elevará a lucratividade",
acrescentou.
(Por Miyoung Kim)
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