Banda larga – você sabe o que é?
O que seria banda larga? Para uma pessoa
que utiliza a internet para navegar em sites, fazer pesquisas, e ver uns vídeos
no You Tube, de vez em quando, uma conexão de 2 Megabits por segundo, seria uma
ótima banda larga. Para outro usuário que trabalha com troca de arquivos
pesados, faz uploads ou trabalha em rede na sua empresa, 10 Megas pode ser até
pouco. É dentro dessa variedade de usos da internet que o Ministério das
Comunicações (Minicom), através do Plano Nacional para Banda Larga (PNBL), quer
dar uma definição para o serviço, que hoje não é consensual. A idéia é tentar
abrir o seu significado para que ele não fique preso ao conceito de velocidade
e traga, por inércia, a experiência do usuário como foco definidor.
Atualmente, nem a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) tem um conceito fechado sobre o que é ou não a banda
larga. A agência tem aplicado em suas tabelas as velocidades acima de 64 kbps,
que é o máximo obtido através de uma conexão discada. A agência informa que
esse indicador é utilizado pela área técnica do órgão para fazer a
contabilidade de acessos de banda larga fixa.
Abaixo dessa velocidade, se é considerada
banda estreita ou conexão discada. Comparado com índices aceitos ao redor do
mundo, no entanto, o indicador da Anatel pode ser considerado antiquado. A
União Internacional de Telecomunicações (UIT) já definia, nos anos 90, uma taxa
básica de acesso de Rede Digital de Serviços Integrados (RDSI) – conceito
ultrapassado utilizado antes do crescimento da internet – um canal capaz de
suportar a taxa primária de transferência de dados.
"Com
qualidade"
Nos EUA essa taxa primária era definida
como 1,544 Mbps e, na Europa, 2,048 Mbps. São conexões 32 vezes maiores do que
aquela utilizada pela Anatel como banda larga. Já a Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que congrega os países
comprometidos com os princípios da democracia representativa e da economia de
livre mercado, considera uma capacidade de download superior a 256 kbps como
critério definidor.
De acordo com o PNBL, as definições
disponíveis hoje sempre são expressas em termos de capacidade de acesso, na
medida de bits por segundo, e não chegam a um consenso. "Isso pode ser
explicado pela dificuldade de se estabelecer padrões de tráfego que espelhem a
diversidade de expectativas, comportamentos e padrões de uso dos consumidores
finais pelo explosivo crescimento do tráfego, o qual torna obsoleta qualquer
definição que se baseie apenas na largura de banda do acesso à internet",
diz o documento.
Portanto, para o Minicom, a melhor
definição para o serviço seria "um acesso com escoamento de tráfego que
permita aos consumidores finais, individuais ou corporativos, fixos ou móveis,
usufruírem, com qualidade, de uma cesta de serviços e aplicações baseadas em
voz, dados e vídeo".
Fonte:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/a_complicada_definicao_do_que_e_banda_larga
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